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Como seria você mais feliz, mais SEGURA, mais autônoma com o seu corpo, hoje?

Atualizado: 12 de jul. de 2018


 

Foto:espetáculo|Al-Kateya|2016

Gostaria que imaginasse você se sentindo plena com seu corpo hoje. Com suas formas, com suas cicatrizes, com seu tamanho, com sua pele, com seu fluxo, com o seu ritmo. Sendo feliz como você é! Imagine você se olhando pelo espelho, e não se criticando mais! Você sente que é tão bonita e capaz quanto à outra mulher que você admira, e está tudo bem, pois a beleza e as qualidades dela não fazem das suas, menores. Você sente que é tão capaz quanto qualquer um, de chegar até lá, de viver bem consigo e com o espelho.


E sendo mais segura hoje, você abriria mão do que? O que você não iria mais se importar? Talvez você mais segura hoje, não se importaria com as rugas que nasceram, a marca de expressão que se formou, os fios brancos, a celulite, a calça que não entrou. Talvez você não se importasse com o que os outros pensam se você usar algo, ou fizer tal coisa, enfim, por que hoje, você sabe que seu corpo não precisa de padrões para ser aceito. Você sabe a mulher que é! Você sabe da sua capacidade e sabedoria que carrega contigo.

E porque eu disse hoje? Porque é o que você tem e o que apresenta no aqui e agora!

Daí você pode ta se perguntando, mas, como? Como ser essa mulher segura e autônoma de si nessa sociedade ocidental, patriarcal, que nos exige esse ritmo sufocante de seresrobôs, que traz em seu contexto histórico, perseguição e repressão às mulheres. Ou seja, como ser segura quando tudo que está associado à natureza feminina é desvalorizado?


Eu te digo que é justamente por isso, por estarmos nessa sociedade onde há um favorecimento das qualidades a partir do viés da natureza masculina, da cabeça, da razão lógica sobrepondo ao conhecimento do sensível, das emoções. Por estarmos nessa realidade em que principalmente o corpo não dialoga com o mundo, porque é considerado pecado, etc. E é tudo isso mesmo que nos afasta de nossa sabedoria, nos isola e com isso, nos fragiliza. E dessa forma, esquecemos que somos seres humanos. Que somos mulheres cíclicas! Que estamos conectadas por memórias ancestrais, que o corpo é resultado do que trazemos em nossa bagagem, da nossa história de vida. É isso mesmo! O quê e como você vê, pensa, sente, relaciona, julga, gosta, rejeita, come, sangra, tudo está impresso no seu corpo hoje.


Em sociedades em que o corpo não é compreendido de forma fragmentada, como por exemplo, nos estudos orientais onde a medicina estudou a sua anatomia em corpos vivos, ao contrário do ocidente, esses corpos são compreendidos por canais de energias, os chakras. Para algumas dessas culturas, o centro de energia vital está localizado no ventre, o hara, e buscar o equilíbrio do fluxo de energia corporal possibilita que o ser humano tenha sua melhor capacidade de viver.


Esse corpo então integrado é um só: corpo físico-emocional-mental-psíquico. A partir dessa compreensão, nós sentimos e interagimos com o mundo através do nosso corpo. Assim a importância de compreender que a partir do momento que eu anulo meu corpo, eu anulo a vida.



Eu acredito que posso ajudar as mulheres a terem mais segurança com seus corpos, mais autonomia de si através da dança.


Primeiro porque sou eu, a primeira experiência. A dança sempre foi pra mim, a minha principal expressão e ferramenta de autoconhecimento. Foi e é meu caminho de cura, meu caminho de criatividade e interação com o mundo. Eu sou uma pessoa melhor hoje, pela forma que a dança me possibilita estar no mundo. E dessa forma, escolhendo a dança como profissão, eu já vi várias mulheres desacreditadas de si, de seus corpos, saírem outras de uma aula por si permitirem dançar.


Para mim a dança é a via de expressão da vida pelo corpo em movimento. O ser humano antes de escrever, antes de desenhar nas cavernas, conceber a palavra arte, já dançava. Dançar fazia parte da expressão natural. Antes mesmo dos códigos e linguagens e técnicas para dança, o ser humano dança. Qual o movimento do universo, senão o mesmo que a nossa respiração? Ou, o contrair e expandir? A busca pelo equilíbrio? Mesmo que não esteja movimentando intencionalmente, o corpo está em movimento. O micro está no macro e vice versa.


Então se você se permitir e, estiver disposta a olhar para esse corpo, eu não posso te garantir músculos definidos e mudanças de peso em tempos recordes, mas garanto que você vai voltar a si sentir viva! Você vai reconhecer e amar seu corpo, seu movimento, o seu fluxo. Vai reconhecer seu ritmo e do outro e, como interagir com o do mundo também. E você vai se conectar com sua capacidade criativa, com a capacidade de se reinventar. Vai se sentir livre! Vai aprender que cair e levantar faz parte, que o erro, ou aquilo que é rejeitado pode ser outro passo. A dança tem essa capacidade de conferir autonomia de si.


Nós mulheres precisamos fazer essa rebeldia... Por nós. Tirar esse tempo para nós. Precisamos parar de nos criticarmos e assim, parar de criticar e competir com as outras. Precisamos nos conectar com a vida e as qualidades inerentes à nossa natureza e dançar mais vezes!


Que o chacoalhar dos nossos quadris, reverbere o potencial que somos!

Lilililiiii...uuiii!


foto do espetáculo Raízes|2014

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